Brasileiro escolhe ônibus em vez de avião: economia, conforto, segurança ditam a nova preferência de viagem
Com o final de ano se aproximando e muitos feriados, o aumento dos preços das passagens aéreas vem redefinindo a escolha dos brasileiros na hora de viajar a lazer. O transporte rodoviário, antes visto apenas como alternativa de menor custo, ganha centralidade e se consolida como opção preferida de milhões de passageiros. Mais do que economia, fatores como conforto, conveniência e segurança têm se tornado decisivos. Em um cenário de expansão do turismo doméstico — 59 milhões de brasileiros viajaram no verão 2025, movimentando R$ 148,3 bilhões —, o ônibus se afirma como símbolo de democratização do lazer e experiência de qualidade acessível a diferentes perfis sociais.
Liderança no Turismo de lazer: Segundo o Ministério do Turismo, para as férias de 2025, 28% dos brasileiros optaram pelo ônibus, superando o avião (27%). O carro próprio ainda lidera (40%), mas o dado reforça a função do ônibus como facilitador de acesso ao turismo. Praias (54%) e natureza (41%) despontam como destinos preferidos. O conforto, por sua vez, cresce em importância: o Anuário Estatístico da ANTT 2023 registrou alta de até 21% na escolha por categorias semileito, leito e cama.
Liderança no Turismo de lazer: Segundo o Ministério do Turismo, para as férias de 2025, 28% dos brasileiros optaram pelo ônibus, superando o avião (27%). O carro próprio ainda lidera (40%), mas o dado reforça a função do ônibus como facilitador de acesso ao turismo. O conforto, por sua vez, cresce em importância: o Anuário Estatístico da ANTT 2023 registrou alta de até 21% na escolha por categorias semileito, leito e cama.
O novo perfil do viajante: A pesquisa Brand Tracking, da FlixBus, mostra que embora o preço das viagens rodoviárias ainda seja relevante para 65% dos passageiros, conforto (52%) e segurança (41%) já têm peso decisivo. Entre os jovens, prevalece o critério econômico; adultos e famílias priorizam bem-estar. Independentemente da classe social, o custo-benefício orienta escolhas. Além disso, 41% viajam para visitar familiares e 72% associam viagens a celebrações, reforçando o papel afetivo do transporte.
Essa valorização do conforto reflete um aspecto cultural do consumidor brasileiro, que busca por uma experiência de viagem de qualidade, independentemente da classe social ou do poder aquisitivo. Segundo o Anuário Estatístico ANTT 2023, 11,8% optaram por categorias leito e cama e 26,6% por semileito, com aumentos de até 21% em relação ao ano anterior, evidenciando a demanda por serviços mais confortáveis.
Ônibus x Avião
Custo e conveniência: A diferença de preços é expressiva. São Paulo–Rio de Janeiro custa em média R$ 59,90 de ônibus semileito, contra R$ 400 de avião. Na rota São Paulo–Maceió, a passagem de ônibus leito gira em torno de R$ 400, frente a R$ 1.600 no aéreo. Em um contexto no qual 52% reduziram a frequência de viagens por falta de dinheiro (dados FlixBus), o ônibus é uma alternativa essencial para as pessoas que precisam viajar, seja qual for a motivação da viagem. Menos tempo e dinheiro com deslocamento: Enquanto os aeroportos costumam ser distantes e exigem antecedência para check-in e embarque, os terminais rodoviários têm localização mais central nas cidades, e muitas vezes mais conectados ao transporte público, facilitando a vida do viajante. Para ir do centro de São Paulo até a Rodoviária do Tietê, por exemplo, um Uber custa em média entre R$ 19,90 e R$ 30, com a facilidade adicional de diversas opções de metrô, com preços de passagens a R$ 5,40. Já para o Aeroporto de Congonhas, o valor do Uber começa em R$ 40, podendo chegar a R$ 90, e sem a conveniência de uma conexão direta com o metrô. (*Pesquisa feita no dia 29/09 para viagens em outubro de 2025 nos sites da Decolar e FlixBus)
Inovação e tendências: A digitalização das compras, integração por apps e por WhatsApp transformam a experiência de compra. Categorias premium, Wi-Fi, entradas USB e assentos mais espaçosos tornam a viagem produtiva e confortável.