Sistema Transporte participa da COP 30 com Estação do Desenvolvimento para debates e soluções sustentáveis
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O setor de transporte brasileiro está participando da COP 30, em Belém (PA), com a Estação do Desenvolvimento, que abriu as portas no dia 10 de outubro, na Green Zone – área da COP onde atuam a sociedade civil, empresas, ONGs, instituições e o público em geral. É a primeira vez na história das Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas que o segmento está presente.
A Estação do Desenvolvimento é uma iniciativa do Sistema Transporte (CNT, SEST SENAT e ITL), correalizada pelos ministérios dos Transportes, de Portos e Aeroportos e das Cidades. Ela funciona como um grande hub de conhecimento e soluções, com uma programação de painéis, debates e ativações ao longo das próximas duas semanas. O espaço ocupa 500 m² e abriga uma arena de debates com capacidade para até 60 pessoas, preparada para receber autoridades, especialistas e representantes do setor produtivo.
O presidente do Sistema Transporte, Vander Costa, destacou, na cerimônia de abertura do espaço que o Brasil tem um legado consolidado na busca pela descarbonização e pela eficiência energética no transporte. Ele relembrou marcos fundamentais dessa trajetória, como o Proálcool, criado em 1975, e o Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores), iniciado em 1986. “Não há a necessidade de inventar a roda. O Brasil já tem soluções”, pontuou. Ele também defendeu a renovação de frotas como estratégia essencial para alcançar uma redução significativa das emissões no transporte de cargas e de passageiros.
A abertura do espaço reuniu autoridades como: os ministros de Estado Renan Filho (Transportes), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) e Jader Filho (Cidades). Também participaram Jorge Viana, presidente da Apex-Brasil; Jorge Bastos, diretor-presidente da Infra S.A.; e Rodrigo Favetta, diretor financeiro do Pacto Global no Brasil.
O ministro Jader Filho destacou os recentes investimentos do PAC em mobilidade urbana e reforçou o papel estratégico do transporte coletivo. Ele lembrou que um único ônibus tem potencial para retirar de circulação cerca de 50 veículos individuais, contribuindo para a redução do tráfego e das emissões.
Em linha semelhante, o ministro Silvio Costa Filho fez uma analogia entre modais, destacando a eficiência da navegação interior: “Vinte e cinco barcaças navegando por nossos rios equivalem a, aproximadamente, 500 caminhões a menos trafegando em nossas rodovias, o que abre outra via para a redução de emissões em nossa matriz de transporte”, disse. E completou: “O que precisamos é de um grande plano logístico nacional para avançar a multimodalidade. A COP30 deixará um legado civilizatório para nosso país”.
O ministro dos Transportes, Renan Filho, enfatizou o compromisso do governo federal com o desenvolvimento sustentável da região amazônica: “Para que a gente possa desenvolver a Amazônia com inteligência, com sustentabilidade, nós temos que fazer a infraestrutura. O presidente Lula tem esse compromisso. E o nosso Ministério tem o compromisso de fazer com que a infraestrutura do país seja a prioridade para o desenvolvimento”, afirmou.